26 abril 2010

Laússa


Quando era criança, meus pais me contaram uma história que nunca esqueci; Falaram de um folião, que vestido de Laussa, dançava pelas ruas de Olinda, recolhendo dinheiro para bebedices, ao som dos que cantarolavam e batucavam: A Laussa quer dinheiro, quem não da é piranguiero!!! Essa é uma pratica comum durante o carnaval da minha terra, e a laussa é um tipo de expressão da cultura popular de Pernambuco. Bom, a questão é que o folião em questão, no meio da folia e da bebedice, e da multidão que se amontoa nesta época, tombou no meio de todos, que achando que ele fazia graça, ou estava bêbado demais, ainda caçoaram do rapaz. Não demorou para descobrirem que o coitado havia tomado uma facada no meio da multidão e da folia. Nunca descobriram quem foi o autor da facada.Tempo passou, e nunca tirei da cabeça tal história. Dediquei até um poema a tal personagem. Bem, a tal Laussa virou personagem de uma 'estória' que tenho posta no papel parcialmente. A menina em suas mãos, é Alzira, personagem licantropa, que por ter sensibilidade mediunica, acaba sendo usada pelo fantasma do folião, para resolver um crime rodriguiano. Esse desenho já deve ter uns cinco anos.
Técnica: Nankin
Artista: Renoir Santos